Florestas submarinas são compostas por algas, espécies de plantas marinhas que crescem se nutrindo da luz solar e dióxido de carbono pelo processo de fotossíntese.
As espécies maiores de algas podem ter dezenas de metros de altura, o que forma um dossel marinho capaz de abrigar muitos organismos, como plantas, peixes, moluscos, crustáceos e outros.
Entre as espécies que compõem essas florestas submarinas estão o bambu do mar (Isididae) e o Kelp (ordem Laminariales), espécies eucariotas capazes de se encher de gás para flutuar melhor no mar e assim alcançar longas distâncias.
Nessas florestas que ficam no fundo do mar, estão algumas das plantas que estão entre as que crescem mais rápido no mundo. Ao longo do crescimento, elas aumentam sua demanda por carbono e grande parte da absorção é do carbono que fica na atmosfera.
O grande motivo do desconhecimento das florestas de algas é que sua catalogação é difícil. Isso porque, elas não aparecem nas fotografias feitas por satélite. Para descobri-las, os cientistas precisaram procurar por relatos submarinos na literatura científica, junto a herbários, pesquisadores e outras fontes.
Estima-se que as florestas submarinas tenham um tamanho estimado de 6 a 7,2 milhões de km², uma área maior do que a da Floresta Amazônica.
Qual a importância das florestas submarinas?
A remoção do carbono (CO²) presente na atmosfera é uma das medidas mais importantes para o combate das mudanças climáticas. Nesse sentido, o trabalho de absorção de carbono feito pelas algas é extremamente importante para que isso seja possível.
Além disso, de acordo com os cientistas, a produtividade das florestas de alga pode contribuir para a garantia da segurança alimentar no planeta.
Florestas submarinas em risco
Infelizmente ainda não existem informações concretas a respeito da quantidade de carbono sequestrado pelas florestas, mas há evidências científicas de que esse processo é fundamental para reduzir o aquecimento do planeta.
Porém, as florestas submarinas estão em risco. Entre os problemas está o calor absorvido por elas. Estima-se que cerca de 2.400 gigatons de gases de efeito estufa produzidos por nós humanos, já foram parar nos oceanos.
Com isso, algumas porções das florestas submarinas já desapareceram do mapa, como algumas situadas no oeste dos Estados Unidos, da Austrália e no leste do Canadá, o que resultou na perda de habitats e do potencial de sequestro de carbono.
Em contrapartida, algumas das regiões do Ártico podem observar um aumento dessas florestas, conforme ocorre o derretimento do gelo e as temperaturas marinhas aumentam. De qualquer forma, não é um cenário considerado positivo.
Os cientistas estão alertando sobre o importante papel realizado pelas florestas submarinas e da necessidade de iniciativas para garantir que elas sejam protegidas e conservadas como uma alternativa para o combate às mudanças climáticas e oferta de alimentos.
E aí, você já conhecia as florestas submarinas? Para conferir mais posts com curiosidades, informações e dicas, continue navegando aqui no Blog.
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