Micropoluentes são substâncias tóxicas, orgânicas ou minerais, que contam com propriedades bioacumulativas, biomagnificantes e persistentes. Elas capazes de gerar danos ao meio ambiente e à saúde humana.
Geralmente, essas substâncias se encontram em produtos de uso cotidiano. Exemplos são os cosméticos, remédios, produtos de limpeza, inseticidas e agrotóxicos.
Em suma, são micropartículas que vão parar nas águas e no solo quando os efluentes não recebem o devido tratamento. Os tratamentos convencionais não são suficientes para eliminar essas partículas.
Por não se degradarem, elas vão se acumulando na natureza. E com isso, acabam gerando uma série de prejuízos, que incluem o aumento de algumas doenças.
Mas, afinal, o que são micropoluentes? Quais são as suas características?
O que caracteriza um micropoluente?
- Persiste no meio ambiente;
- É bioacumulativo e biomassificante;
- Consegue se mover rapidamente no ar ou na água;
- Está ligado com disfunções do sistema imune, sistema reprodutivo, hormonais e neurológicas;
- Não são degradados ou removidos com tratamentos de efluentes convencionais.
Quais são as fontes de micropoluentes?
- Metais e elementos radioativos – geralmente provenientes de efluentes industriais. Por conta da falta de tratamento adequado, as substâncias se acumulam na natureza. Dentre eles estão o cádmio, o chumbo, mercúrio e o arsênio;
- Micropoluentes orgânicos – advindos de efluentes municipais, agrícolas ou industriais. As substâncias que se acumulam na natureza por falta de tratamento são solventes, pesticidas, cosméticos e detergentes;
- Hormônios – provenientes de efluentes municipais. A falta do tratamento adequado promove o acúmulo na natureza, de hormônios naturais e artificiais;
- Produtos farmacêuticos – geralmente, provenientes de hospitais e efluentes municipais. Inclui analgésicos, antidepressivos, antibióticos, broncodilatadores e produtos usados em procedimentos de quimioterapia.
O que esses micropoluentes causam?
Por não serem biodegradáveis e se acumularem na natureza, grande parte desses micropoluentes afetam a vida marinha e as espécies aquáticas.
Além disso, eles estão associados a várias disfunções que comprometem a saúde humana. Quando ingeridos, agem no organismo como se fossem hormônios naturais e alteram o funcionamento de vários sistemas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), já afirmou que existem indícios que comprovam que a exposição aos micropoluentes é responsável pelo aumento de doenças reprodutivas e endócrinas. Alguns exemplos são o câncer de mama, de próstata, endometriose, diabetes e problemas de infertilidade.
Além de alterações do sistema imune, que deixam o organismo humano suscetível a infecções e doenças autoimunes.
Doenças cardiopulmonares também estão entre as que aumentaram. Dentre elas a asma, problemas cardíacos, infartos e hipertensão.
Além disso, problemas que afetam o cérebro e o sistema nervoso como Alzheimer, Parkinson, transtorno de déficit de atenção, hiperatividade e dificuldades de aprendizagem, são considerados.
Esse é um problema ambiental e de saúde pública. Contudo, ainda depende de pesquisas, regulamentações governamentais e conscientização para que seja combatido.
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